A recente estadia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, em Paris, escancarou uma realidade que contrasta fortemente com a vivida pela maioria dos brasileiros: o uso de recursos públicos para custear viagens de luxo da alta cúpula do poder. Relatórios oficiais obtidos por meio da Lei de o à Informação e matérias jornalísticas revelam que apenas a hospedagem de Lula e Janja, em junho de 2023, custou mais de R$ 1,2 milhão - uma cifra que gerou indignação e pedidos de explicações por parte da oposição.
Hotel de luxo com suíte de R$ 64 mil por noite
O casal presidencial hospedou-se no InterContinental Paris Le Grand, um dos hotéis mais luxuosos e tradicionais da capital sa. A suíte presidencial escolhida conta com 140 metros quadrados, incluindo dois quartos, hall privativo, salas de estar e jantar, além de vista privilegiada para a Ópera Garnier. Cada diária custou aproximadamente 10.000 (cerca de R$ 64.000).
Além da suíte principal, outras 17 acomodações foram reservadas para membros da comitiva presidencial. O gasto total com hospedagem nos dois dias de estadia superou os R$ 728 mil, segundo informações do jornalista Cláudio Humberto. Com agens aéreas, deslocamentos e outras despesas, a conta final ultraou os R$ 1,2 milhão.
A viagem de Janja às Olimpíadas de Paris
Não foi apenas na cúpula internacional que os gastos impressionaram. Em julho de 2024, Janja representou o Brasil na cerimônia de abertura das Olimpíadas de Paris. A visita, que ocorreu entre os dias 25 e 29, foi acompanhada por uma comitiva de 20 servidores públicos e resultou em gastos de pelo menos R$ 236 mil, conforme revelado pela Folha de Pernambuco.
Dentre os principais gastos está a agem aérea de Janja em classe executiva, ao custo de R$ 83.616. O restante do valor se distribuiu entre diárias para os servidores, contratação de intérpretes e outras despesas logísticas.
A justificativa do governo foi a "representação institucional do Brasil no exterior", mas o evento em questão não envolvia discussões diplomáticas de alto nível, e sim um ato simbólico. Parlamentares da oposição denunciaram o uso indevido de recursos públicos para turismo de luxo.
Nova viagem a Paris em março de 2025: mais gastos
Janja voltou a Paris em março de 2025, desta vez para participar da cúpula internacional "Nutrition for Growth" (N4G), entre os dias 26 e 30. A viagem incluiu novamente uma comitiva de quatro assessores. Só com diárias, o valor pago pelo governo federal foi de R$ 18.041,80, segundo o Portal da Transparência e matéria do Poder360. Esse montante não contempla as agens aéreas, alimentação e demais custos, que ainda estão sendo apurados.
Curiosamente, a comitiva de Janja gastou menos do que a do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que também esteve em Paris no mesmo período e acumulou R$ 34.617,56 em diárias - quase o dobro. No entanto, a diferença de funções e compromissos oficiais levanta dúvidas sobre a real necessidade da presença da primeira-dama nesse tipo de evento.
Austeridade para quem?
O contraste entre a ostentação de Lula e Janja no exterior e a crise econômica vivida por milhões de brasileiros acentuou críticas nas redes sociais e no Congresso. Com o país enfrentando alta inflação em itens básicos como alimentos e energia, cortes em investimentos sociais e a precariedade nos serviços públicos, os gastos milionários em viagens de luxo são encarados por muitos como um insulto à população.
Além disso, cresce a pressão por maior transparência e controle de gastos com comitivas oficiais, especialmente quando essas não resultam em acordos comerciais, avanços diplomáticos ou benefícios diretos à sociedade.
Conclusão: o que o Brasil ganha com isso?
Viagens presidenciais e de chefes de Estado são práticas comuns na diplomacia internacional, mas precisam estar sustentadas por resultados concretos e justificativas sólidas. O que se viu nas viagens de Lula e Janja foi uma série de gastos que, até agora, não demonstraram retorno proporcional ao custo envolvido.
Em tempos de contenção e necessidade de responsabilidade fiscal, é legítimo questionar se o Brasil pode se dar ao luxo de bancar estadias em hotéis cinco estrelas e agens em classe executiva para eventos que, muitas vezes, são apenas cerimoniais.
Hotel de luxo com suíte de R$ 64 mil por noite
O casal presidencial hospedou-se no InterContinental Paris Le Grand, um dos hotéis mais luxuosos e tradicionais da capital sa. A suíte presidencial escolhida conta com 140 metros quadrados, incluindo dois quartos, hall privativo, salas de estar e jantar, além de vista privilegiada para a Ópera Garnier. Cada diária custou aproximadamente 10.000 (cerca de R$ 64.000).
Além da suíte principal, outras 17 acomodações foram reservadas para membros da comitiva presidencial. O gasto total com hospedagem nos dois dias de estadia superou os R$ 728 mil, segundo informações do jornalista Cláudio Humberto. Com agens aéreas, deslocamentos e outras despesas, a conta final ultraou os R$ 1,2 milhão.
A viagem de Janja às Olimpíadas de Paris
Não foi apenas na cúpula internacional que os gastos impressionaram. Em julho de 2024, Janja representou o Brasil na cerimônia de abertura das Olimpíadas de Paris. A visita, que ocorreu entre os dias 25 e 29, foi acompanhada por uma comitiva de 20 servidores públicos e resultou em gastos de pelo menos R$ 236 mil, conforme revelado pela Folha de Pernambuco.
Dentre os principais gastos está a agem aérea de Janja em classe executiva, ao custo de R$ 83.616. O restante do valor se distribuiu entre diárias para os servidores, contratação de intérpretes e outras despesas logísticas.
A justificativa do governo foi a "representação institucional do Brasil no exterior", mas o evento em questão não envolvia discussões diplomáticas de alto nível, e sim um ato simbólico. Parlamentares da oposição denunciaram o uso indevido de recursos públicos para turismo de luxo.
Nova viagem a Paris em março de 2025: mais gastos
Janja voltou a Paris em março de 2025, desta vez para participar da cúpula internacional "Nutrition for Growth" (N4G), entre os dias 26 e 30. A viagem incluiu novamente uma comitiva de quatro assessores. Só com diárias, o valor pago pelo governo federal foi de R$ 18.041,80, segundo o Portal da Transparência e matéria do Poder360. Esse montante não contempla as agens aéreas, alimentação e demais custos, que ainda estão sendo apurados.
Curiosamente, a comitiva de Janja gastou menos do que a do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que também esteve em Paris no mesmo período e acumulou R$ 34.617,56 em diárias - quase o dobro. No entanto, a diferença de funções e compromissos oficiais levanta dúvidas sobre a real necessidade da presença da primeira-dama nesse tipo de evento.
Austeridade para quem?
O contraste entre a ostentação de Lula e Janja no exterior e a crise econômica vivida por milhões de brasileiros acentuou críticas nas redes sociais e no Congresso. Com o país enfrentando alta inflação em itens básicos como alimentos e energia, cortes em investimentos sociais e a precariedade nos serviços públicos, os gastos milionários em viagens de luxo são encarados por muitos como um insulto à população.
Além disso, cresce a pressão por maior transparência e controle de gastos com comitivas oficiais, especialmente quando essas não resultam em acordos comerciais, avanços diplomáticos ou benefícios diretos à sociedade.
Conclusão: o que o Brasil ganha com isso?
Viagens presidenciais e de chefes de Estado são práticas comuns na diplomacia internacional, mas precisam estar sustentadas por resultados concretos e justificativas sólidas. O que se viu nas viagens de Lula e Janja foi uma série de gastos que, até agora, não demonstraram retorno proporcional ao custo envolvido.
Em tempos de contenção e necessidade de responsabilidade fiscal, é legítimo questionar se o Brasil pode se dar ao luxo de bancar estadias em hotéis cinco estrelas e agens em classe executiva para eventos que, muitas vezes, são apenas cerimoniais.